Texto proposto pela professora de Língua Portuguesa, Anna Júlia Colussi Bloedow, para leitura e reflexão.

O material será trabalhado e discutido em nossas aulas remotas.Vamos refletir?

O afeto em tempos de isolamento social: uma reflexão profunda.

Faz muito tempo que  nos isolamos uns dos outros, através das redes sociais e  deixamos de compartilhar momentos de vida real, pois estamos preocupados demais com a nossa vida online.Pois, eis que surge uma pandemia e faz com que todos fiquem trancados em suas casas, em isolamento social, para preservar a saúde física, e tenham como única janela para o mundo  a tela de seus celulares. 

Não há dúvidas de que este momento ficará marcado na história da humanidade pela questão da saúde pública, mas sobretudo, também será entendido como um marco que nos levou a uma reflexão sobre a forma como nos relacionamos com as pessoas.

           Isolamento social: uma medida necessária para o bem de todos

 Falava-se tanto em falta de empatia no mundo e, de repente,,surge uma enxurrada de pedidos para que fiquemos em nossas casas a fim de preservarmos não só as nossas vidas, mas também as das pessoas que apresentam  fatores de risco: os idosos e doentes crônicos.Esta está sendo a primeira grande chance da humanidade, em anos, de demonstrar sua capacidade de exercer o autocuidado e praticar o cuidado com o outro. Isso nos induz a seguinte reflexão:

                Qual é o nosso papel no mundo? Qual a nossa importância para as outras vidas?

Se antes achávamos que não éramos,  agora percebemos que somos sim importantes e partes de uma grande família humana, que precisa cooperar e colaborar. Este momento está permitindo que nos percebamos como seres individuais, com suas próprias necessidades e angústias, mas também como partes integrantes do coletivo e que nossas ações refletem no outro.

   Individualidade: enfrentando o ‘eu mesmo’ no isolamento social

Além do despertar do senso coletivo, esse momento nos trouxe a obrigação de ficarmos muito mais tempo em nossa própria presença. As fugas da realidade e o espelhamento com o outro, de forma constante, foi reduzida, proporcionando uma oportunidade única de um mergulhar profundo em si mesmo para enxergar os nossos traços mais íntimos.

O que você percebeu em você mesmo durante este período de isolamento social que mais te chamou atenção? 

O que mais te angustiou e que momentos foram resgatados, consigo mesmo ou em família, que te trouxeram alegrias? 

De quantos amigos sentiste falta? Por quê ?

Quantas coisas agora estão ao teu alcance e quantas outras não estão mais? 

Todos esses são questionamentos válidos.

Além disso, convido você a seguinte reflexão:

Você consegue identificar os sentimentos que povoam o seu peito durante este período?           

Você senti raiva dos que estão indo à rua ou de si mesmo por não poder sair?

 Em que momentos você se sente mais triste ou angustiado?

 Que singelas atividades lhe trazem alegria?

Como você está enfrentando o isolamento ?

 Pense:

Este é um momento precioso de sentirmos que o outro, apesar de estar distante fisicamente, está perto, por estar exatamente na mesma situação que a gente. Por enquanto, neste momento, não há respostas, apenas perguntas sobre si mesmo para consigo mesmo e si mesmo em relação ao outro distante. Cada um reage de uma forma e encara a situação de um jeito próprio.

                                                                                       Fonte:  https: // psiquiatriapaulista.com.br

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